Construção de “megamesquita” em Londres gera protestos
Construção de “megamesquita” em Londres gera protestos
Projecto prevê um espaço para 10 mil pessoas
Um grupo radical islâmico solicitou uma
autorização para construir uma das maiores mesquitas do mundo, em Londres,
local que já abrigou grandes personalidades do cristianismo.
A “megamesquita” apelido do que é chamado oficialmente de
Centro Riverine de Abbey Mills, poderá abrigar até 10 mil fiéis. Ele será
o maior edifício religioso na Grã-Bretanha e a maior mesquita da Europa.
Para termos de comparação, a maior catedral da Grã-Bretanha,
a Catedral Anglicana de Liverpool, tem lotação de 3.000 fiéis, e a Catedral de
São Paulo, um dos cartões postais do centro antigo de Londres, tem capacidade
para 2.500.
O projeto para o local se estende por 30.000 metros
quadrados, perto da Vila Olímpica de West Ham, e inclui dois minaretes de 15
metros, uma biblioteca islâmica, um refeitório, instalações esportivas, oito
apartamentos para clérigos muçulmanos e centenas de vagas de estacionamento.
Grande parte do financiamento das obras da mesquita, com um
custo estimado de 300 milhões de reais, deverá vir da Arábia Saudita.
O projeto de construção desse “espaço sagrado islâmico
contemporâneo” foi apresentado por Tablighi Jamaat [Sociedade para a
Difusão da Fé] uma espécie de líder do “movimento missionário muçulmano” atual
e o maior grupo de treinamento de religiosos do mundo.
Mais ativo no sudoeste e sudeste da Ásia, na África e na
Europa, acredita-se que esse grupo tem contribuído em muito para o crescimento
explosivo de fervor religioso islâmico e de conversões em massa em diferentes
partes do mundo.
Embora se esforce para projetar uma imagem pacífica, seus
membros passaram a ser acusados de serem parte de uma organização terroristas
muçulmana, depois de comprovada sua ligação com os responsáveis pelos atentados
do 11 de setembro de 2001 (EUA) e 7 de julho de 2005 (Londres).
As autoridades americanas classificam o Tablighi Jamaat um
“campo de recrutamento para a Al-Qaeda”. Funcionários da inteligência franceses
descreveram o grupo como uma “antesala do fundamentalismo” e assinalam que o
objectivo final do grupo é uma “conquista planejada do mundo”, no espírito da
jihad.
O projeto tramita desde 1999, na prefeitura de Newham, que
faz parte da região metropolitana de Londres. Ele já foi modificado várias
vezes e a versão atual deverá ser votada por uma comissão de zoneamento no início
de dezembro.
Ironicamente, cerca de um quilômetro do local em que a
mesquita será edificada, ficava a sede do Centro Cristão Internacional
Kingsway, a maior igreja evangélica da Europa, que reunia cerca de 12 mil fieis
por domingo. O templo foi demolido em 2007 para que não região pudesse ser
construído o novo estádio Olímpico. Até hoje, cinco anos mais tarde, o
governo ainda não deu a permissão para a igreja cristã construir um novo local
de culto novo em outro lugar da cidade.
O ex-vereador londrino Alan Craig lançou uma campanha contra
a construção da megamesquita. Ele produziu 100 mil folhetos, que foram
distribuídos na região. Embora afirme acreditar na liberdade de religião o
problema dessa mesquita é ter sido planejada “por uma seita islâmica particularmente
perturbadora, o Tablighi Jamaat. Eles ensinam que, se você quer ser um bom
muçulmano deve se afastar dos não-muçulmanos… Eles estão em todo o mundo, é um
grupo enorme e onde chegam criam barreiras, hostilidade e divisão, impondo o
separatismo”.
Estas preocupações estranhamente são compartilhadas por
muitos muçulmanos, que não querem na cidade o que chamam de “Islamismo
medieval”. Asghar Bukhari, porta-voz da filial britânica do Comitê de Assuntos
Públicos Muçulmanos, confirmou isso em uma entrevista recente.
Fonte: Portugal Misterioso
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